sexta-feira, 31 de agosto de 2012

"PM cria regras para Mototaxistas da Rocinha"

PM acelera e cria código de trânsito na Rocinha, 

cadastra mototaxistas e define preços e regras.

Os mototaxistas agora precisam utilizar um colete específico que tem a identificação do condutor


"Moto, moto, moto", grita a caixa de sacolão Rose Alves de Mesquita, de 24 anos. Mas parece não ser ouvida pelos mototaxistas que cruzam a movimentada Via Ápia. Na chuva, às 16h30m de ontem, depois de sair do serviço, ela teve que esperar 20 minutos até subir na garupa para chegar em casa, no Laboriaux, na parte alta da favela: três motoristas só aceitaram levá-la se fosse pago R$ 1 acima da tabela. Para botar o serviço de mototáxi na linha, a PM — que ocupa a favela desde novembro do ano passado — criou normas para ordenar os cerca de 900 mototaxistas que circulam na favela. A notícia foi publicada ontem pelo colunista Fernando Molica, do jornal "O Dia".
— Se eu for a pé até lá em cima, demoro 50 minutos. Se for de moto, perco uns cinco minutos e não me canso. É muito melhor e só pago R$ 2 — enfatiza a cearense, que foi morar na favela de São Conrado há um ano.
O responsável pelo Código de Trânsito da Favela é o comandante da ocupação, major Edson Raimundo dos Santos. Diante do alto número de motos irregulares, ele resolveu cadastrar os profissionais e fazer valer o Código de Trânsito Brasileiro.
Todos foram identificados e ganharam coletes. Em contrapartida, não têm mais de pagar diárias a associações. O mototaxista Givaldo Guimarães, de 38 anos, trabalha há oito no ponto do Largo das Flores e já prevê um incremento na renda de cerca de mil reais por mês:
— Como muita gente que não tinha carteira meteu o pé, acho que vamos ganhar mais passageiros. Ainda mais aqui, na entrada da favela.

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