Paes faz apelo a motoristas de van e diz
que trabalhador é o mais afetado
Motoristas de transporte alternativo fazem protesto no Maracanã.
Prefeito informou que as licitações já vêm sendo realizadas.
Durante entrevista coletiva no Centro de Operações Rio, o prefeito Eduardo Paes destacou, na manhã desta quarta-feira (15), que o protesto com vans que é realziado desde cedo no Maracanã, na Zona Norte do Rio de Janeiro, é motivado por pressão dos donos de cooperativas e que a prefeitura vai garantir apenas o direito dos motoristas individuais.
"Não vamos proteger donos de cooperativas. Vamos continuar fazendo licitações individuais. A gente vive um momento político que acaba levantando manifestações que, muitas vezes, não tem nada a ver com os interesses dos motoristas", garantiu o prefeito, afirmando que as licitações já estão sendo realizadas, mas apenas com motoristas individuais. Ele ainda aproveitou para fazer um apelo aos motoristas individuais para ficarem atentos e não serem usados como massa de manobra pelos donos de cooperativa.
Cerca de 3.500 motoristas de vans se concentram na Avenida Maracanã. Eles ocupam três faixas da avenida, entre Rua Mata Machado e Rua Professor Eurico Rabelo e entre Avenida Maracanã e Avenida Professor Manoel de Abreu.
Paes também disse que respeita o direito do trabalhador de fazer protesto e manifestações, mas advertiu que é preciso respeitar a população. "O primeiro apelo que eu faço aos motoristas de van é que o ideal é que a gente não saia por aí engarrafando o trânsito na cidade. Isso vai contra o próprio movimento, pois a população fica insatisfeita", advertiu. Segundo o prefeito, o governo está aberto ao diálogo, mas garante que não vai dialogar sob pressão.
Paes explicou que, aos poucos, os motoristas legalizados estão sendo integrados ao Bilhete Único, como já acontece em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. O prefeito descartou, no entanto, a possibilidade das vans utilizarem os corredores BRS. Segundo Paes, uma operação foi montada nesta quarta-feira e vários operadores estão monitorando o trânsito nas ruas do Rio.
Segundo o Centro de Operações Rio, apesar das faixas interditadas, o tráfego flui bem. A manifestação é organizada pelo Movimento em Defesa do Transporte Alternativo, que prevê a saída das vans em direção ao Aterro do Flamengo, na Zona Sul.
Depois os motoristas deixam as vans e seguem em passeata para a Cinelândia, no Centro. Eles cobram da Prefeitura do Rio, antes das eleições, um novo processo licitatório para a categoria, a permissão para usar as faixas preferenciais e o bilhete único. Com a paralisação, cerca de 1,8 milhão de usuários de vans deverão ser afetados, segundo os organizadores do movimento.
O Rio de Janeiro tem cerca de 6 mil vans legalizadas, onde trabalham 40 mil pessoas. Cerca de 1,8 milhão de pessoas usam o transporte diariamente.
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