sexta-feira, 17 de agosto de 2012

"Segundo Paes, em função do início do período eleitoral, ele é impedido realizar licitações"


Reunião nesta quinta decide futuro do 




transporte alternativo no Rio

Motoristas de van pretendem pressionar prefeitura.
Paes antecipa que não é possível atender algumas reivindicações da classe.


Motoristas de vans e prefeitura vão discutir, nesta quinta-feira (16), o futuro do transporte alternativo no Rio de Janeiro. Em reunião, prevista para acontecer às 10h, a categoria pretende pressionar a prefeitura para atender as principais reivindicações dos motoristas de van. Entre elas estão: realização de licitação para pessoas físicas; trafegar nos BRS e inclusão no sistema do Bilhete Único.
A confusão em torno das vans já é antiga no Rio. As vans, que são o segundo meio de transporte mais utilizado pela população, até hoje, não tem regras bem definidas para funcionar, nem prazo para isso acontecer.
Os números em torno das vans são nebulosos. Não há um levantamento da prefeitura sobre o total delas em circulação na cidade. O que se sabe é que 6 mil têm uma autorização temporária para transportar passageiros. Mas os organizadores da manifestação de quarta-feira disseram que outras 4 mil andam clandestinamente.
Vans ocupam duas faixas do Aterro do Flamengo nos dois sentidos desde a manhã desta quarta-feira (15) (Foto: Bernardo Tabak/G1)Vans ocupam duas faixas do Aterro do Flamengo nos dois sentidos desde a manhã desta quarta-feira (15) (Foto: Bernardo Tabak/G1)

Durante entrevista coletiva no Centro de Operações Rio na manhã de quarta, o prefeito Eduardo Paes afirmou que não vai proteger donos de cooperativas e que já começou a fazer licitações.
Paes também explicou que, aos poucos, os motoristas legalizados estão sendo integrados ao Bilhete Único, como já acontece em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. Mas ele descartou a possibilidade das vans utilizarem os corredores BRS. "O BRS não é uma coisa da minha vontade. Exige técnica para ser feito. Não podemos mexer numa coisa que já está dando certo", afirmou o prefeito, destacando que incluir as vans nos corredores expressos seria retroceder.
Segundo Paes, o processo de licitação precisou ser interrompido em função do início do período eleitoral, no qual ele é impedido realizar licitações.
Motoristas de vans se concentraram na Cinelândia para manifestação na tarde desta quarta-feira (15) (Foto: Bernardo Tabak/G1)Motoristas de vans se concentraram na Cinelândia para manifestação na tarde desta quarta-feira (15) (Foto: Bernardo Tabak/G1)
Para José Eugênio Leal, professor de Engenharia de Transportes da PUC-Rio, a prefeitura precisa melhorar o transporte público antes de reduzir o número de vans. “Pode reduzir, desde que exista uma oferta muito clara de transporte público, como ônibus, metrô, trem, com qualidade suficiente. Atualmente, ainda não é o momento”, afirmou Leal.

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